Casa da Bruxa

Thursday, October 13, 2005

Reação da Igreja Católica à perda de fiéis

Especialistas alertam para aumento nos pedidos de exorcismo
Os ritos ligados ao satanismo estão aumentando, assim como os pedidos para que padres realizem exorcismos, segundo especialistas religiosos que participam, em Roma, de um curso sobre o assunto organizado pelos Legionários de Cristo. Os religiosos alertam para um crescente interesse da sociedade pelo ocultismo e as práticas satânicas, em boa parte realizadas de maneira "caseira", sem ligação com seitas organizadas.

Os especialistas reunidos no curso "Exorcismo e oração libertadora" advertiram para a necessidade de as pessoas se manterem afastadas dos ritos ocultistas e seus praticantes. O bispo italiano de Isernia e conhecido exorcista, Andrea Gemma, disse que a prática desses ritos é uma das vias pelas quais o demônio "pode entrar com maior facilidade na alma".

O ocultismo, o desejo de se aproximar do esotérico, do que é misterioso, está muito difundido também entre os jovens, que podem se ver empurrados em direção a ritos satânicos, alertou.

Paolo Scarafoni, reitor do ateneu Regina Apostolorum, dos Legionários de Cristo, onde é realizado o curso, disse que, na sociedade atual, as pessoas acham que recorrer ao demônio pode facilitar a resolução de seus problemas, o que, unido "ao uso de sugestões" de tipo ocultista e satânico "denota uma queda do nível cultural".

O curso de exorcismo, realizado este ano pela segunda vez, é aberto pela primeira aos leigos - entre eles catequistas, médicos, psiquiatras e advogados -, apesar de os ritos para expulsar o demônio serem reservados aos bispos e aos sacerdotes designados por eles.

Os especialistas também constataram um aumento dos pedidos feitos aos sacerdotes para realizar exorcismos. Mas Scarafoni disse que só um caso de cada dez acaba tendo a possibilidade de configurar possessão.

Fonte: Estadão
________________________________
Isso é a Igreja Católica voltando a acusar as outras religiões de satanismo, bruxaria e outras coisas semelhantes (se bem que nunca pararam, só tinham baixado o volume de seus protestos). Só falta agora eles quererem voltar a usar seus métodos medievais para identificar e punir (com fogo) os tais satanistas, bruxas, etc.

tsc, tsc, tsc

Monday, October 03, 2005

Vinho afrodisíaco de Vênus

Ingredientes
um litro de vinho tinto
uma pitada de manjericão seco em pó
duas bagas de zimbro
duas colheres (chá) de suco de maracujá

Procedimento
Ferva os ingredientes no vinho e, quando estiver borbulhando, cante:

Vinho de Vênus
Borbulhe e transforme-se
Queime de paixão
Queime de paixão
Queime de paixão
...

Banho afrodisíaco

Antes de um encontro amoroso ou sexual, ou também para atrair uma pessoa, pode-se tomar o seguinte banho com o objetivo de se carregar com uma forte energia sedutora:

Encha a banheira com água quente e coloque as seguintes essências:
ylang-ylang,
sândalo,
rosas,
almíscar e
um punhado de cravos.

Permaneça em imersão por cinco minutos em completo relaxamento, depois massageie-se com delicadeza, dos pés ao rosto.
Saia da banheira e passe mais algumas gotas de almíscar pelo corpo.

Monday, August 08, 2005

Para amaldiçoar um inimigo

Numa noide de lua nova, coloque sobre a mesa uma toalha de cor escura
Esfarrapada e empoeirada. Nos quatro cantos da mesa, coloque velas pretas apagadas.
No centro da mesa, coloque uma caixa de madeira aberta.
Em uma pequena pedra plana, escreva o nome do seu inimigo ao contrário.
Cuspa na pedra e coloque-a dentro da caixa.
Acenda as quatro velas com uma palha em chamas ou com uma outra vela.
Joque na caixa um punhado de ervas: chicória, dente-de-leão, etc.
Fortaleça a maldição com essas palavras:

Aquele que deve transformar-se em pedra,
E cuja consciência ficará embaralhada,
E por cuja face a repugnância rastejará
E que em um caixão seus membros ficarão presos,
E de cujos olhos a luz fugirá,
E cujas terras e lar empobrecerão e deteriorar-se-ão,
E que sua comida lhe tenha o gosto de vermes,
E que se torne hostil a seus melhores amigos,
E que estas coisas só cessem quando eu desejar.
Eu servi esta mesa e marquei esta pedra
E nela cuspi e a escondi,
Acendi estas velas e apliquei estes venenos,
E fortaleci esta maldição
Em nome dos Quatro Fogos
Cujos nomes são RIL, YUT, SAR, e LOD,
Que serão aqui consumidos enquanto o são estas velas



Permaneça olhando para as velas até que elas se esgotem. Você deve se desfazer de todo esse material, exceto a pedra. Esta deve ser enterrada em um local próximo à sua casa e lá deve permanecer até que você quera retirar o feitiço.

Saturday, August 06, 2005

As fases da lua

Magias próprias para cada fase da Lua:

Lua nova - esta fase é propícia para se desfazer de coisas.
Lua crescente - aumente seus ganhos.
Lua cheia - fase mais poderosa, esta fase é para as magias mais importantes.
Lua minguante - para fazer coisas/inimigos se afastarem.

Thursday, July 21, 2005

Poção básica do amor

Encha um pequeno caldeirão ou pote com uma mão de folhas de alecrim, 13 sementes de erva-doce, 2 trevos, 3 folhas de gerânio-rosa, uma colher sopa de mel e um pouco de vinho tinto. Leve o caldeirão ao fogo e deixe a poção ferver. Coe e adicione um pouco da poção a um copo de vinho ou suco de fruta e sirva-a ao homem ou mulher por quem deseja ser amado.

Feitiço para afastar pessoas indesejáveis

É preciso esclarecer que esse feitiço de forma alguma irá causar qualquer tipo de dano a pessoa que se quer longe de nossa vida; apenas a afastará de nosso caminho. Compre um bife e retire toda e qualquer gordura. Escreva numa folha pequena de papel o nome da pessoa que quer afastada de sua vida. Coloque o pequeno papel sobre o bife e enrole a carne, ocultando o papel. Amarre com linha preta. À noite, saia de casa levando o bife e procure o primeiro cachorro de rua que seja completamente preto. Dê a carne para ele e pense que o cão está agora levando embora essa pessoa. Volte para casa sem olhar para trás.

Poção do amor

2 xícaras (chá) água
1 xícara (chá) pétalas de rosa de jardim
2 colheres (sopa) mel
1 pauzinho de canela

Ferva a água e coloque as pétalas, o mel e a canela e tampe para abafar. Coe e beba ainda quente. Você ficará irresistível!

Ervas e Flores


Ervas no Zodíaco


Algumas ervas possuem substâncias que ajudam a curar ou aliviar os sintomas de várias doenças físicas e mentais e são utilizadas até em remédios. Abaixo, estão relacionadas as ervas ideais para os pontos fracos de cada signo do Zodíaco.

ÁRIES: é comum o ariano não saber como se controlar – a impulsividade é uma de suas características. MIL-FOLHAS é o nome da erva que diminui a ansiedade, atuando no sistema nervoso. Um chá dessa erva traz efeitos relaxantes.

TOURO: o taurino geralmente não consegue demonstrar seus sentimentos nem expressar suas idéias com facilidade. Quando a garganta fica presa, a MALVA entra em ação na forma de chá para beber ou para fazer gargarejos.

GÊMEOS: trabalhador incansável, o geminiano está exposto à muita agitação, o que leva a problemas de estômago e pele. Para combater o stress ou os lapsos de memória, beba um chá de HORTELÃ-PIMENTA ou apenas masque suas folhinhas.

CÂNCER: a sensibilidade à flor da pele dos cancerianos os deixa vulneráveis a ambientes carregados de energia negativa. Usar ARTEMÍSIA em banhos e chás ajuda a renovar o ânimo e espantar os maus fluídos.

LEÃO: o exagerado esforço mental, comum na vida dos leoninos, gera um cansaço físico muito grande. Nesses horas, um banho ou um chá de ALECRIM é revigorante e dá um chega prá lá na depressão.

VIRGEM: a mania de pensar em cada detalhe de tudo o que faz é muito desgastante e prejudicial aos virginianos quando levada ao extremo. Quem nasce sob esse signo deve se policiar, com frequência, para que isso não aconteça. Um chá de ERVA-DOCE é ótimo calmante.

LIBRA: algumas incertezas são suficientes para abalar o sistema nervoso do libriano. Aumentar a autoconfiança e colocar as idéias em ordem é de que ele necessita para conquistar as coisas que deseja. A ALFAZEMA proporciona o equilíbrio e pode ser usada em banhos e chás.

ESCORPIÃO: geralmente, a pessoa nascida sob Escorpião demora a identificar suas reais vontades, além de ter dificuldades para dar o primeiro passo – por isso, sempre acaba tendo de remediar ao invés de previnir. Para garantir a iniciativa, chá de CARQUEJA.

SAGITÁRIO: a busca de novos desafios e o excesso de trabalho físico e intelectual são constantes na vida do sagitariano, que muitas vezes sente-se esgotado. Tensão e dores musculares tornam-se frequentes, deixando-o ainda mais abalado. Um banho ou chá de SÁLVIA combate o stress.

CAPRICÓRNIO: a rigidez consigo mesmo e com o mundo pode levar o capricorniano a viver cheio de bloqueios. Para aproveitar melhor as oportunidades, um chá de CAVALINHA ajuda a expulsar a negatividade.

AQUÁRIO: a mente do aquariano não tem sossego. É difícil desligar-se dos problemas do dia-a-dia, o que pode levá-lo à insônia, indigestão ou à falta de apetite. Para ajudar, a MELISSA acalma e elimina vícios físicos e mentais.

PEIXES: o pisciniano é do tipo que vive no mundo dos sonhos. Leva a vida com pouca ordem e disciplina, e viver com os pés no chão é um grande desafio. Colocar os pés de molho em chá quente de MANJERICÃO é a dica ideal para manter a mente em sintonia com a realidade.



Flores no Amor

Na linguagem vitoriana das flores, estas plantas simbolizam os vários aspectos do amor. O ato de dar e receber flores tem um significado especial. As flores podem dizer muito sem palavra alguma.... Confira! E escolha as flores certas para a fala do seu coração!

ACÁCIA: amor platônico
AMBRÓSIA: amor retornado
CENTÁUREA AZUL: esperança no amor
ROSA DE MAIO: amor feliz
ROSA REPOLHUDA: embaixatriz do amor
ROSA CAROLINA: perigos no amor
FLOR DE MEL: amor doce e secreto
MADRESSILVA: ligações do amor
FLORES DO LIMOEIRO: fidelidade no amor
FLOR DE TÍLIA: amor conjugal
LÓTUS: amor distante
MUSGO: amor maternal
MURTA: amor e fertilidade
CRAVO COR-DE-ROSA: amor de mulheres
LILÁS PÚRPURA: primeiras emoções do amor
ALFINETE VERMELHO: amor jovem
TULIPA VERMELHA: declaração de amor
ROSA: amor e casamento
ROSA SEM ESPINHOS: ligação de início
DENTILÁRIA: amor secreto
ROSA AMARELA: diminuição do amor, ciúme
TULIPA COR-DE-ROSA: amor sem esperanças

Magia para ter sonhos reveladores

Se você quiser ter um sonho que lhe revele a solução para um problema importante, faça esta magia. Pegue algumas vagens-de-orelha (também conhecidas como ervilhas-tortas em várias regiões do Brasil) e separe nove sementes. Coloque as sementes dentro da fronha do seu travesseiro, de modo que você durma com a cabeça sobre elas. Deixe-as aí por três dias seguidos e aguarde.

Wednesday, July 06, 2005

Amuleto contra fofocas

O que precisa:

pimentas vermelhas
alhos
óleo
sal
cebola
pimenta em pó (qualquer uma)
limão
uma vela negra
incenso de limpeza (alecrim, arruda, limão,...)
um vidro

Realizando o feitiço:

Faça esse feitiço na lua minguante. Corte a cebola em pedaços pequenos. Diga:

Pico a cebola como pico as fofocas á meu respeito.

Coloque, no vidro, junto com os alhos (partidos ao meio) e as pimentas vermelhas (inteiras). Dizendo:

O alho arderá na boca de quem me mal falar. E a pimenta picará as linguas vermelhas dos fofoqueiros.

Pegue o limão e exprema o seu suco dentro do vidro. Diga:

O limão limpará meu nome das imundas bocas.

Jogue a pimenta em pó para arder mais e o sal para consagrar o feitiço. Encha de óleo deixando sobrando três dedos da tampa. Feche o vidro e passe-o sobre a fumaça do incenso, recitando:

Neste vidro eu encerro todas as maldades que disseram contra mim. Que todos me conheçam por quem eu realmente sou e não pelo que dizem as bocas venenosas.

Passe-o pela vela negra, meditando sobre o silêncio, sobre o cessar das fofocas, o fim das intrigas.

Guarde o vidro como um amuleto contra fofocas e intrigas. Deixando a vela e o incenso queimarem até o final.

Finalize com:


Que os autores das fofocas se calem ao meu respeito. Sem a nada nem ninguém prejudicar, faça o que eu desejar.

Boa sorte e vê lá, viu? Deixe essas pessoas traiçoeiras longe da sua vida! Aprenda com isso, afinal, somos responsáveis por grande parte do que acontece em nossas vidas.

Amuletos para todos os gostos

Contra olho grande, energias negativas, vampirismo, e outras coisas ruins que possam passar perto de sua casa - você pode usar:

- um pentagrama (com a ponta para cima) preso na porta;

- um copo com água e sal grosso num canto da sala;

- um copo com três pedaços de carvão. Assim que eles afundarem, quer dizer que a negatividade foi absorvida, então troque-os rapidamente por outros três;

- pode-se usar também simplesmente uma única rosa branca na sua sala - ela absorve as energias negativas. Se sua casa estiver carregada, ela irá murchar rapidamente; se não estiver, ela ficará bela e formosa. Ela funciona como um termômetro de energias;


Para proteção pessoal , use no seu corpo, pescoço, bolsa, ou o mais próximo que puder colocar de você:

- um cristal límpido;

- uma pedra ônix, ou obsidiana, ou turmalina negra. A ônix principalmente contra inveja, e traições.

- três dentes de alho;

Saturday, July 02, 2005

Sabbaths

Como qualquer Religião a Wicca possui festivais.
Com a diferença que na Wicca, esses estão intimamente ligados ao que chamamos de “A Roda do Ano”, uma representação a nível cosmológico das crenças em um ciclo de nascimento, vida, morte e renascimento. Estas festividades estão também ligadas ao ciclo das colheitas, as fases da Lua e as estações do ano. As principais são as festividades Solares ligadas astronomicamente aos Solstícios e os Equinócios, no Brasil alguns Wiccanos tem preferência por praticar a Arte pelo Hemisfério Norte, mesmo estando localizados no Hemisfério Sul.


Hemisfério Norte Hemisfério Sul
Samhain
31 de outubro

Samhain
30 de abril

Yule
21 de dezembro

Yule
21 de junho
Candlemas
2 de fevereiro
Candlemas
1 de agosto
Ostara
21 de março
Ostara
21 de setembro
Beltane
30 de abril
Beltane
31 de outubro
Litha
21 de junho
Litha
21 de dezembro
Lammas
1º de agosto
Lammas
2 de fevereiro
Mabom
21 de setembro
Mabom
21 de março



Cada tradição na Wicca faz seus próprios ritos, dizer quais são certos não cabe a mim, até porque muitos se identificam com a Wicca pela liberdade e principalmente por poder realizar o que quiser e como quiser individualmente (todos recebemos os conselhos, seguirmos depende de cada um de nós),a maioria segue os rituais normais sazonais e praticam sozinhos e livremente seus feitiços e rituais próprios.

Bolo de compromisso Wiccano

Ingredientes:
1 xícara de manteiga
1 xícara de açúcar
½ xícara de mel
5 ovos
2 xícaras de farinha
2 colheres de sopa de casca de limão ralada
2 colheres de sopa de suco de limão
1 colher de chá de água de rosas
1 pitada de manjericão6 folhas frescas de gerânio rosa

Numa tigela grande apropriada bata a manteiga e o açúcar até ficar leve e com bolhas. Adicione o mel e misture bem. Coloque os ovos um a um, batendo bem a cada um.
Adicione a farinha aos poucos, misturando bem com uma colher grande de madeira após cada porção. Bata as raspas de limão, o suco do limão, a água de rosas e a pitada de manjericão - a erva do amor. Forre uma fôrma untada para o pão com 22 cm (comprimento) x 12 cm (largura) x 7 cm (altura) com as folhas de gerânio rosa edespeje a massa. Asse o bolo em forno pré-aquecido a 350C por uma hora e 15 minutos.
Retire do forno quando estiver pronto e deixe-o descansar por 20 minutos antes de tirar da fôrma. cubra com glacê ou açúcar antes de servir.

Autor: Feitiços e Cia.

Arroz de Afrodite

Receita para suave encantamento de amor.

Ingredientes:
1 ½ xícara de arroz
1 ramo de brócolos, contado em pequenos galhos
¼ de xícara de azeite de oliva
1 xícara de cebolinha picada
1 pimentão vermelho cortado em cubinhos
1/12 colher de chá de sal
½ colher de chá de pimenta do reino
1 colher sopa de curry
3 colheres de sopa de vinagre de vinho branco
1 ½ colher de chá de açúcar


Coloque 3 xícaras de água
para ferver. Quando estiver fervendo, jogue o arroz e o brócolis e
deixe ferver por 20 minutos.
Escorra-o e reserve-o . Numa frigideira, coloque o azeite para esquentar acrescente o pimentão, a cebolinha, o sal e a pimenta do reino. Refogue por 2 minutos e, ao final, coloque o curry, deixando-o cozinhar junto por mais 1 minuto. Tire do fogo e acrescente o vinagre e o açúcar. Despeje esta mistura sobre o arroz e o brócolis, misture bem.
Vc pode servir esta salada, morna ou fria. Consagre este prato a Afrodite.



Web site: feiticosecia.blogspot.com
Autor: Feitiços e Cia.

Maçã do Amor

Ingredientes:
4 a 6 maçãs vermelhas e grandes
2 taça de vinho branco
2 xícaras de melsuco de limãoágua mineral
1 xícara de amêndoas picadas
4 colheres de sopa de semente de papoula
1 xícara de pistache sem casca
1 xícara de uvas passas
2 colheres de manteigacanela a gosto
1 pitada de colher de café de cravo

Lave bem as maçãs e prepare em um recipiente uma solução de água e limão. Com muito cuidado deixe uma cavidade dentro de cada uma e separe a parte que está dela sendo tirada. Quanto mais funda a cavidade, melhor.
Reserve-as.

Importante: enquanto tira a polpa, é importante que lave a maçã na água com limão para evitar que ela fique preta. Com a poupa, pode colocar em um recipiente com algumas gotas de limão, tb. Com a polpa que tirou de dentro delas, separe o miolo onde ficam as sementes, pois esta parte é meio dura. O que sobrar da polpa deverá ser misturado com 3 ou 4 colheres de mel, com a amêndoa, papoula, pistache, uvas passas, manteiga, cravo e canela.
Mexa tudo muito bem. Acrescente algumas colheres de vinho e volte a mexer. Este recheio não deve ficar muito mole, portanto acrescente pouco vinho.

Após a mistura, recheie todas as maçãs e arrume-as em uma assadeira alta e reserve-as. Em uma panelinha, leve ao fogo o restante do mel e o vinho. Certifique-se que o mel está bem diluído. Tire do fogo e jogue sobre as maçãs. Leve ao forno e de tempo em tempo jogue a calda sobre as maçãs para que a calda penetre no recheio e tire no ponto que achar legal para você, coloque-as com cuidado em uma compoteira e jogue a calda sobre elas. Eu gosto das minhas quando a calda começa a ficar meio espessa. Outras pessoas gostam que a calda fique rala. A escolha é particularmente sua.

Autor: Feitiços e Cia.

Canudos Fálicos

Ingredientes:
Massa150 gramas de amêndoas moída (ou amendoim torrado, ou pistache, ou avelã, ou castanha do Pará)
2 gemas de ovos
200 gramas farinha de trigo de boa qualidade
2 colheres de sopa de açúcar
3 colheres de manteiga derretida

Creme:
½ litro de leite
2 colheres de creme de leite
1 fava de baunilha
2 gemas de ovos
2 colheres de sopa de côco branco ou queimado
açúcar ou mel a gosto
maizena para engrossar

Em uma vasilha coloque 150 gramas (reserve 50 gramas) de farinha e a farinha da amêndoa (ou outro que vc escolheu) misture os dois. Junte o açúcar e volte a misturar. Abra um centro nesta primeira mistura e junte as gemas de ovos previamente misturadas e as 3 colheres de manteiga derretida. Com as mãos misture tudo delicadamente.
O ponto da massa estará certo quando notar que a massa está leve e que pode ser modelada por suas mãos, se a massa tiver mole, acrescente aos poucos as 50 gramas de farinha remanescente até que chegue no ponto da massa desejado. Pegue pequenos pedaços da massa e comece a modelar na forma fálica. Deixando uma cavidade no centro para que possa ser recheado com creme.

DICA: para ficar fácil, vc pode adquirir em lojas especializadas, canudos próprios em metal para fazer canudinhos. Neste caso vc deverá modelar a massa por fora deles, não esquecendo de modelar a forma fálica. Feito a modelagem de toda a massa, leve ao forno pré-aquecido e deixe assar até obter uma coloração dourada. Assim que estiver prontos espere esfriar e reserve.Para o creme:Misture ao leite, o creme de leite açúcar (ou mel), a baunilha, as 2 gemas misturadas, o côco. Com uma colher de pau, mexa sem parar até que a mistura comece a ferver.
Neste ponto, retire a baunilha e acrescente a maizena que deverá estar dissolvida em um pouco de leite. Junte a maizena as poucos e não pare de mexer. Deixe com aconsistência firme para que não escorra. Deixe ferver por mais alguns minutos, desligue o fogo e deixe esfriar. Quando o creme estiver morno, quase frio, recheie os canudinhos. Esta pronto para ser servido em rituais para o Deus.

Autor: Feitiços e Cia.

Bolo dos duendes

Ingredientes:
3 xícaras de farinha de trigo com fermento peneiradas (ou3 xícaras de farinha de trigo comum peneiradas com uma colher de sopa rasa de fermento em pó)
2 xícaras de chá de açúcar mascavo ou "douradinho"
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
2 colheres de chá de canela em pó
3 ovos inteiros ligeiramente batidos
2 maçãs vermelhas grandes descascadas e picadas em cubinhos pequenos
meia xícara de chá de óleo
meia xícara de chá de uvas passas
meia xícara de chá de nozes trituradas no liqüidificador
2 colheres de sopa de mel

Ligue o forno para ir aquecendo em temperatura alta enquanto você prepara a massa. Coloque todos os ingredientes JUNTOS numa vasilha funda e misture-os COM A MÃO. Pode ser feito também com uma colher de pau, que será mesmo necessária para dar a "liga" final na massa. Mas quando você mistura os ingredientes com a mão, passa para a massa a sua energia e os pensamentos das boas coisas que deseja para o Ano Novo (ou qualquer data especial a celebrar). Depois de fazer seus pedidos, termine de misturar bem a massa com a colher de pau. No começo parece que vai ficar um horror e não vai dar certo, mas depois de três minutos misturando você já vê a diferença...Coloque a massa numa forma redonda funda com buraco no meio (aquelas de pudim), previamente bem untada com óleo ou manteiga/margarina e polvilhada com farinha de trigo (vai facilitar para desenformar). Leve para assar pôr 40 (quarenta) minutos.

O SEGREDO: não abra o forno durante o cozimento em hipótese alguma!!! Este não é um bolo comum, não tem que ficar espetando palitinho para ver se já está pronto. Após os 20 primeiros minutos, veja se é necessário diminuir a temperatura do forno (varia de fogão para fogão) olhando pelo visor. Não se espante se a parte visível do bolo estiver queimando, é assim mesmo! Depois você pode tirar essa "casquinha" quando desenformar. Deixe os restantes 20 minutos nessa temperatura média, depois desligue o forno e ESQUEÇA! Só vai poder abrir depois de uma hora! O segredinho dos cubinhos de maçã ficarem suculentos dentro do bolo está neste tempo dedescanso. Depois disso, desenforme, ofereça o primeiro pedaço aos duendes no seu jardim ou na janela da cozinha, e DELICIE-SE!

Autor: Feitiços e Cia.

Barrinhas de mel de Diana

Ingredientes
1 ½ de mel
3 colheres de sopa de manteiga
2 xícaras de farinha integral
1 colher de chá de fermento
1 colher de sopa de casca ralada de laranja
2 a 3 colheres de chá de canela
4 cravos moídos
½ xícara de amêndoas
½ xícara de passas
1 pitada de cardamomo
1 pitada de noz moscada

Preparo
A dica é que as barrinhas sejam preparadas num dia de sol.
Coloque o mel numa panela de barro e deixe cozinhar em fogo brando até transformar-se em líquido. Adicione a manteiga, a farinha e o fermento, e mexa até virar uma massa consistente. Adicione os outros ingredientes.
Coloque a massa numa forma untada e asse por uns 20 minutos.
Sirva as barrinhas com muita alegria.

Biscoitos encantados

Ingredientes
½ xícara de manteiga
½ xícara de açúcar branco
½ xícara de açúcar mascavo
4 gemas
1 colher de chá de água
2 xícaras de farinha de trigo
1 colher de chá de fermento
½ colher de chá de bicarbonato de sódio
1 ½ xícara de chocolate meio amargo em pedacinhos
1 colher de essência de hortelã

Preparo
Receita para sedução.
Prepare na lua Nova onde a influência de Lilith é mais poderosa.
Misture a manteiga, o açúcar, as gemas, a água e a essência. Misture muito bem até formar um creme. Adicione os demais ingredientes e faça uma massa bem.
Modele os biscoitos e coloque-os para assar.

Bolinho para o sabbat

Ingredientes:
1 xícara de manteiga
1 xícara de mel
2 xícaras de farinha de trigo
1 xícara de açúcar
1 xícara de creme de leite fresco
1 colher de sobremesa de fermento em pó
½ colher de chá de sal
1 ovo

Preparo:
Misture todos os ingredientes, mexendo muito bem com uma colher de pau. Depois de bem misturada a massa, distribua em forminhas devidamente untadas e enfarinhadas. Asse em forno previamente aquecido por 15 a 20 minutos.

O Sabá das Feiticeiras

Por Paulo Urban
Publicado na Revista Planeta nº 346 / julho 2000

Predicadas pelo estranho 13,
as sextas-feiras, noites de sabá,
impõem maior respeito ao imaginário popular;
se a noite for de lua cheia então...


A sexta-feira é 13. Muita gente tem medo dela! Seu nome sugere feitiçaria e, para muitos, sua ocorrência no calendário é prenúncio do azar. Toda sexta-feira, entretanto, acha-se associada à idéia do Sabá, como ficou conhecido a partir da época medieval o festim em que as bruxas reunidas banqueteiam em presença do Demônio. Também às sextas, à luz da lua cheia, os amaldiçoados lobisomens se transformam, e os vampiros propalam-se em vôo sedento de sangue à procura de suas vítimas.

Mas, e quanto ao maldito número 13? É o número da morte, do azar, do mau agouro, dizem alguns. Para outros, contradizendo, pode simbolizar a sorte por trazer em si as transformações, visto que o 13 representa o rompimento dos limites, a quebra dos padrões estatutários impostos pelo 12. Expliquemos melhor. O 12 expressa as coisas inteiras, os sistemas fechados e completos. Observe-se que são 12 os meses do ano, as horas do dia e da noite; também o número de deuses do Olimpo e de constelações e signos do zodíaco; e 12 são as notas musicais, tons e semitons. Já o 13 é aquele que ultrapassa a ordem conhecida das coisas, promove a revolução do novo, e se intromete em nosso mundo de modo a perturbar nossa aparente sensação de segurança, advinda da ordinária dimensão à qual estamos acostumados. Associado ao jogo, às vicissitudes da vida, igualmente à sorte e ao azar, o 13 ainda compõe o número de cartas de cada um dos 4 naipes dos baralhos comuns. E eram 12 os apóstolos presentes à última ceia de Cristo, de onde se criou a superstição medieval de que quando 13 se reúnem à mesa para comer, um em breve irá morrer.

Predicadas pelo estranho 13, as sextas-feiras, noites de sabá, impõem maior respeito ao imaginário popular; se a noite for de lua cheia então...

Na mitologia assírio-babilônica, data-se além de 8 mil anos a crença de que Isthar, a lua, tornava-se indisposta a cada plenilúnio, quando então se observava o sabattu, período de recolhimento dos homens em respeito à Grande Deusa. Veja-se que provém da antigüidade mais remota o útil conselho dado aos maridos para que estes não provoquem suas mulheres em fase pré-menstrual. Durante a indisposição de Isthar, guardava-se o sábado, que primitivamente era mensal, dia considerado nefasto, no qual não se autorizava qualquer tipo de trabalho, nem viajar ou cozinhar alimentos. Com a percepção de que Isthar apresentava fases cíclicas, crescente, cheia, minguante e nova, a cada 7 dias renovadas, a prática do sabattu estendeu-se a todas as semanas de modo a demarcar sempre o último dia da semana.

Sábado, em português, vem do latim sabbatum, que, por sua vez foi emprestado do grego sábbaton. Este, seria proveniente do hebraico sahabbat, que, etimologicamente, deriva do verbo sabat (parar). Outras fontes o extraem de seba (sete), ou o tomam como corruptela do termo sabi'at (sétimo dia). Tenhamos em conta ainda que o hebraico sabbat guarda enorme semelhança com sapatu, que em dialeto árcade primevo significava "parada, descanso", também "sono da lua". Nesse caso, o termo hebraico seria originário do grego, ao contrário da primeira hipótese.

Em meio às divergências semânticas, muitos acreditam que a Igreja, em sua obstinada caça às bruxas, tenha julgado conveniente escolher um nome da tradição judaica, especificamente aquele que denota o período de oração que se inicia ao pôr do sol das sextas-feiras, para nomear o conclave das feiticeiras. Agindo assim, transformaria judeus, bruxas e demais hereges, inimigos comuns da fé cristã, em gatos de um mesmo saco. Além disso, no início das perseguições, denominava-se "sinagoga" o local escondido nas florestas destinado à reunião das bruxas.

Pesquisando mais profundamente encontramos o termo grego sabbathéos, literalmente "o sabá divino", relacionado às sabátidas, festas dedicadas a Sabácio, divindade agrícola conhecida na Trácia e na Frígia, com atributos similares aos de Dionísio, ainda que não tão popularizada quanto este. As sabátidas já ocorriam anteriormente a Moisés e ao judaísmo; e a seu deus eram consagrados o trigo e a cevada, da qual se fermentava uma bebida inebriante, servida aos presentes.

Sabácio era representado com chifres na cabeça, semelhante a Dionísio, também chamado Deus-cabrito. Pan e Príapo eram igualmente cultuados nas sabátidas, e representavam-se pela figura de faunos ou bodes, senão pelo falo que os substituía, espécie de bastão que todos traziam à reunião, invariavelmente noturna, na qual banqueteavam os convivas, sentados no chão sobre peles de animais caprinos, com as quais também se cobriam encarnando seu comportamento e imitando seus berros. Neste culto agrário, uma virgem nua, símbolo da fertilidade, em alusão à Demeter (a Mãe Terra), deitava-se sobre a mesa ritualística e recebia sobre o ventre as oferendas, geralmente o trigo e a cerveja, sendo ela própria após o banquete oferecida à divindade caprina dona da festa, sempre encarnada por um sacerdote com máscara de chifres, vestido com pele de cabra, assim como os demais presentes. Após o gozo do mestre, e enlevados pela bebida, misturavam-se todos não importando o sexo, "fecundando-se" mutuamente. Ao final da festa, semelhantemente às Bacanais, invocava-se o raio, talvez alusão ao mito dionisíaco, posto que esta divindade antes de (re)nascer da coxa de Zeus fora fulminada e esquartejada por raios dos Titãs. Também a desvirginada do altar arrancava com sua boca a cabeça de um sapo, e a cuspia ao chão, em alusão às Mênades possessas que dilaceravam os animais conforme descreveu Eurípedes de modo perturbador nas Baccantes. Estes eram os originais pagãos, cujas festas celebravam no pago, isto é, no próprio povoado, geralmente nos campos de suas comunidades.


Qual a ligação desta festa com o sabá das feiticeiras? Entendamos a questão. A Igreja, já no ano de 360, no sínodo de Elvira, admitia a existência dos poderes mágicos, que seriam decorrentes de pactos com o demônio, e negava a comunhão, mesmo à hora da morte, para os que caíssem em tal tentação. Até o século XI, a Santa Sé diferenciava os seres maléficos, devotados aos sortilégios, aos encantamentos por bonecos de cera, aos filtros e maus-olhados, das strigae, demônios femininos que sob a forma de pássaro se alimentavam de recém-nascidos. Strega, bruxa em italiano, deriva-se daí, e em português temos igualmente o termo estrige; ambos oriundos da raiz latina strix, a significar coruja, pássaro noturno ou qualquer outra ave de rapina. Um século antes, o monge Regino de Prün dizia que voar à noite com a deusa Diana não podia ser algo real, senão mera ilusão provocada pelo Demônio.

Mas foi durante o século XII que se difundiu mais rapidamente a idéia do sabá, reunião noturna das sextas-feiras, à qual compareciam as bruxas voando em suas vassouras, cavalgando seus bodes, ou mesmo transformadas sob a forma de pássaros. Para que pudessem voar, untavam seus corpos com uma poção mágica por elas preparada; e na cerimônia, iniciada à meia-noite, entregavam-se a orgias e ao Demônio.

Lúcifer

Fire from heaven
por Marcos Torrigo
Sexto SentidoAno 5 - Número 54


Por milênios, uma figura tem suscitado diferentes emoções no imaginário ocidental, em especial nos domínios da cristandade.
Esta figura é Lúcifer, o arqui-demônio, Senhor das hostes infernais, tentador e inimigo mor da humanidade, o mais belo Anjo, precipitado no abismo por sua soberba. O fogo divino, o brilho do Sol, o Logos transubstanciado no fogo infernal, o fogo que redime transformado no fogo da danação eterna.
Mas o quanto disso é real, ainda mais quando estamos abordando o terreno movediço do mito, da religião e, por conseguinte, da demonologia.
O nome Lúcifer é composto pelo prefixo indo-europeu Leuk, que determina um ser luminoso, claro e puro, origem da palavra lux e, consequentemente, de luz e lucidez. O sufixo latino fero, por sua vez, significa trazer, portar.
Lúcifer (Eósforos, Fósforos) dos romanos, filho de Zeus e de Aurora, era o deus que anunciava um novo dia. É conhecido como o portador do Archote, da Luz, o que anuncia a vinda do Sol , a estrela-d'alva. Na astronomia, é o planeta Vênus que se torna visível nos crepúsculos. No nascer, é conhecido como a estrela d'alva e, no poente, como Vésper. Vênus é a deusa do amor em todas as suas formas, aparentada com as mesopotâmicas Ishtar e Inanna.
Lúcifer nunca foi tido por maléfico, muito menos associado com as potências infernais, tanto é assim que havia um bispo em Cagliari chamado Lúcifer, que viveu por volta do ano 300 E.V.* fundador do Luciferianismo.
A atribuição de Lúcifer como Demônio e Anjo caído veio depois, e foi criada pelos "pais da Igreja".
A Igreja adaptou a sua maneira passagens do Antigo Testamento para serem atribuídas à Queda de Lúcifer.
Eles "interpretavam" (hermenêutica) as escrituras do Antigo Testamento pelas do Novo Testamento.
Desta forma, passagens do Novo Testamento, como: "Mas ele lhes disse: Eu vi Satanás caindo do céu como um relâmpago" (Lc 10: 18), influenciaram o Antigo Testamento: "Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Tu que destruía as nações!
Tu dizias em seu coração: Subirei ao céu, acima do firmamento das estrelas de Deus, exaltarei meu trono, e no monte da congregação me sentarei nos limites do norte.
Subirei acima das nuvens mais altas, e serei igual ao Altíssimo.
Em verdade fosse precipitado para o reino dos mortos, no abismo mais profundo.
(Isaías 14: 12 a 15).
Essas passagens de Isaías eram destinadas ao célebre rei babilónico Nabucodonosor, que havia destruído Jerusalém. Helel bem Shahar é a designação hebraica referindo-se, de forma alegórica, à "Queda da Estrela Dalva" .
Há outras passagens interessantes, como uma endereçada ao rei de Tiro. Por mais que ela tenha alvo definido (o rei), ela evoca talvez uma lenda anterior, unindo o destino do monarca ao de um Querubim expulso das hostes celestes.
Tu eras Querubim da guarda ungido, te estabeleci, ficaste no monte santo de Deus, entre as pedras brilhantes caminhava.
Tu eras perfeito em teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se encontrou iniqüidade em ti.
Multiplicando vosso comércio encheu seu âmago de violência, e pecaste; por causa disso te deitarei profanado fora da montanha de Deus, te farei perecer, ó Querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras.
Elevaste teu coração por causa da tua beleza, conspurcaste vossa sabedoria por causa de teu resplendor. (Ez 28:14-17)
Mas qual teria sido o motivo da Patrística ter escolhido Lúcifer, e não qualquer outro? Existem alguns pontos Mágickos e Ocultos que devem ser abordados. Especialmente a relação entre Vênus e Lúcifer, e conseqüentemente com o demoníaco.
Há um fato peculiar, a criação dos demônios, (Qliphoth, conchas, força desequilibrada), de acordo com o Judaísmo, deu-se na sexta-feira da criação (os sete dias em que, de acordo com a Torah, Deus criou o mundo), momentos antes do sagrado Shabat.
Neste mesmo dia, foi criada a raça humana, e se deu a sua Queda . Ou seja, na mesma sexta-feira, Adão foi criado e cedeu a concupiscência. No calendário judaico, Adão pecou no primeiro dia de Tishrei (Rosh Hashaná, primeiro e segundo dia de Tishrei), e é justamente neste dia, todos os anos, que os homens são julgados por seus atos.
O mês de Tishrei corresponde à tribo de Dan, esta por sua vez ao signo de Libra, que é regido por Vênus. Sem falar que, tradicionalmente, a sexta-feira é o dia consagrado à Vênus (dia de Vênus, Hemera Aphrodites grego, Vendredi, francês e Venerdi em italiano).
Dando asas à imaginação, notaremos que o pecado original estava envolto em correlações venusianas. A maçã é dada ao homem por sua companheira, o resultado da Queda é a descoberta da sexualidade, a sedução da serpente, dentre outros.
Outro elemento de ligação entre Vênus e o demoníaco é a Queda dos Anjos. Eles caíram justamente por acharem belas as mulheres humanas e serem atraídos por elas. Os Anjos as possuíram e desta união nasceu uma raça de gigantes, fortes e poderosos, os Nephilins (ver Gênesis 6:1 a 4). A palavra deriva de Naphal, descer, sendo que podemos entender Nephilins como os que desceram ou caíram.
Na Bíblia, são citados os Filhos de Deus (os Anjos), em hebraico Beni Elohim (possivelmente a melhor tradução fosse filhos dos deuses).
Os Beni Elohins são correspondentes a Sephira Hod (que tem como planeta Mercúrio, o tradicional mensageiro dos deuses) na Cabala, o complemento de Netzach, que é Vênus e os próprios Elohins.
Inferimos que os caídos são Arcanjos, que são a Hoste de Hod, e não só por isso, pois no Livro de Enoch** é mencionado que Miguel, Uriel, Rafael e Gabriel (Arcanjos) observaram do céu os efeitos dos caídos.
O Livro de Enoch é um apócrifo e uma pseudoepigrafia, e narra, dentre outras coisas, a Queda dos Anjos chefiados por Semjâzâ (um proto-Lúcifer?).
Os Anjos Caídos ensinaram inúmeras artes a humanidade, Azazel como trabalhar os metais, e Semjâzâ, a Magia. Os outros ensinaram astrologia, astronomia e signos.
Azazel continuou seu magistério ensinando aos humanos os segredos sagrados que estavam guardados no Paraíso.
O titã Cronos castra seu pai Urano e joga seus genitais no mar. Do sangue misturado a espuma do mar nasce Afrodite (Vênus). Logo em seguida ela foi saudada pelas criaturas do mar, nereidas, tritões. A deusa surge de dentro de uma concha.
Teve como irmãs as infernais Erínias (Fúrias), criadas pelas gotas do sangue de Urano caídas na terra. As Erínias eram seres que até Zeus respeitava os desígnios.
São representadas como mulheres aladas, porém serpentes.
Retomando a Igreja, notaremos que estes pontos expostos podem ter motivado a "escolha" de Lúcifer.
Que os cristãos sabiam das implicações de Vênus, é evidente pelo título conferido a Lúcifer, príncipe da luxúria espiritual. Cada Sephiroth da Árvore da Vida cabalística tem um "vício" e o de Netzach (Vênus), por sua vez, é a Luxúria.
De acordo com o Concílio de Latrão, os poderes do demônio são iguais aos dos outros anjos, possivelmente devido a sua origem comum. Igualmente para a Igreja, diabos e demônios são a mesma coisa.
O conceito de Mal se modificou com o passar do tempo. Notamos que no mundo antigo o que prevalecia era o monismo.
Deus ou os deuses eram responsáveis tanto pelo bem como pelo mal, sendo a fonte de tudo. O Universo era percebido como uno e não dividido entre um deus do bem e um deus do mal, ou entre Deus e o diabo.
Podemos tomar por base o próprio Iavé do Antigo Testamento, que em suas próprias palavras dizia: "Eu sou o Senhor e não há outro, alem de mim não existe Deus"; "Eu sou o Senhor e não há outro, Eu formo a luz e crio as trevas, Eu faço o bem e crio o mal, Eu, o Senhor, faço todas estas coisas" (Isaías 45:5-7).
Quando eu afiar a minha espada reluzente, e tomar em mãos o juízo, tomarei vingança contra meus inimigos e darei o merecido castigo aos que me odeiam.
Encharcarei as minhas setas de sangue, e minha espada se fartará de carne, do sangue dos mortos e dos cativos, das cabeças dos chefes inimigos. (Dt 32: 41,42).
Suas crianças serão esmagadas em frente a eles, suas casas saqueadas, e suas mulheres estupradas. (Isaías 13:16)
Em um dia em que os filhos de Deus apresentaram-se diante do Senhor, Satanás veio com eles.
O Senhor perguntou a Satanás: "Por onde andastes?". Satanás respondeu: "De passear pela terra". O Senhor continuou: "Viste meu servo Jó? Não há na terra ninguém semelhante a ele, integro, correto e temente a Deus, e não trilha o caminho do Mal".
Então Satanás falou: "Por que Jó teme a Deus? Por acaso não o protegeu de todas as formas, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e multiplicaram seus bens na Terra.
Estende tua mão e toca-lhe em tudo que é dele, e verás que blasfemará contra Ti".
Disse o Senhor a Satanás: "Tudo que é dele está em seu poder, mas contra ele não faça nada, e Satanás sai para cumprir a sua missão. (Jó 1: 6-12).
Reforcei os aspectos "negativos" de Jeová demonstrando o lado sombrio do Deus de judeus, cristãos e muçulmano.
O monismo tem uma vantagem óbvia, não há o mal absoluto. Desta forma, tanto os princípios que compõem o Cosmos quanto os que compõem o indivíduo podem ser harmonizados e integrados, sem maiores prejuízos. Justamente o contrário do que aconteceu no seio do Cristianismo, por exemplo, com inquisições, "guerras santas" e outros. O mal é vivenciado no outro, e assim, pode ser erradicado (assim como outro pode ser morto). A primeira religião a quebrar a harmonia do monismo foi o Zoroastrismo, criado no Irã por volta de 600 a.C . Nele há início o dualismo; o Universo está fragmentado em duas partes, uma "boa" e outra "má", um deus da luz e um deus das sombras. Este pensamento influenciou os judeus e os gregos e, conseqüentemente, os cristãos.
No Cristianismo, o mal é atribuído e projetado ao Diabo, enquanto Deus só faz coisas boas.
Assim, o diabo ganha autonomia e poder perante Deus, remetendo-nos novamente a uma forma de pensar que lembra o dualismo iraniano.
Por mais que o diabo seja inferior a Deus, ele pode corromper a criação e torna-se o senhor do mundo. Partindo do pressuposto de que a matéria é essencialmente má, assim como as "necessidades da carne", o campo de batalha é a alma humana, afinal de contas, a corrupção principia mesmo no Antigo Testamento, com o ato de insubordinação de comer da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, o que poderia, de acordo com as palavras da serpente confirmadas por Deus, transformá-los em deuses. (Genesis 3: 22) Então disse o Senhor Deus: "Eis que o homem se tornou igual a um de nos, conhecedor do bem e do mal; assim sendo, para evitar que tome da Árvore da Vida e coma o seu fruto e viva eternamente". O Senhor Deus o lançou fora do Jardim do Éden...
Deus é onisciente, onipresente e onipotente, desta forma, o diabo age por que Deus permite. Se Deus fosse humano, poderia-se acusá-lo legalmente de cumplicidade em todos os "delitos" do maléfico.
A desculpa descoberta pelos cristãos é a seguinte: Deus criou o diabo, mas ele, em origem, não era Mal, o diabo escolheu ser mal.
Isso tecnicamente isentaria Deus do problema de ter criado o Mal ao criar o diabo. Só que esta história tem problemas óbvios, se Deus é onisciente, ele saberia o que estava por vir e mesmo assim não fez nada.
Tratando o assunto de uma forma mais leve, é de se imaginar que um filho traga a genética do Pai, então, mesmo o diabo tendo se tornado " Mal" depois, este predicado já estaria em latência nele.
Dionísio, um monge sírio do século VI, foi o primeiro a detalhar as hierarquias dos Anjos. São divididos em três tríades, sendo elas (em grau de grandeza) Serafins, Querubins e Tronos, a intermediária Dominações, Virtudes e Potestades e a última composta de Principados, Arcanjos e Anjos.
Desta forma, nos séculos subseqüentes, quando Lúcifer foi precipitado dos céus, ele, sendo o mais importante entre os Anjos, naturalmente foi associado aos Serafins (há referências a Lúcifer também como um Querubim).
Miguel Psellos (século XI), de Constantinopla, criou uma "hierarquia demoníaca", de influência neoplatônica; a distribuição das hostes dos caídos se espelha no Paganismo (DAIMONS). Então, teremos os demônios sendo distribuídos pelos elementos (inclusive o Éter).
Encontraremos ecos do mito de Lúcifer em Iblis, o diabo muçulmano. Iblis recusou a se curvar perante o homem e isto acarretou a sua Queda. Tudo leva a crer que Iblis fosse um Anjo, já que sua história está ligada à ordem dada por Allah para que os Anjos se curvassem perante Adão (ou se preferirmos a raça humana). Todavia, há citações do Alcorão que o nomenclaturam de Djinn, um ser aparentado aos Daimons gregos, ou seja, tanto bom como mau.
Os Djinn foram criados do fogo enquanto os Anjos, da luz. Curiosamente, as palavras fogo e luz são em etimologia aparentadas — Nur, luz e Nar, fogo.
O problema do mal no Islã é até mais veemente que no Cristianismo devido ao seu monoteísmo total, desta forma, Allah é a fonte do mal. Há todo um debate semântico do porquê da existência do mal e por corolário do diabo, Iblis, não se chegando a um bom termo da questão.
Outra questão veemente é que no Islã somente Allah é passível de adoração, então, ao negar a curvar-se perante o homem, Iblis foi o único que agiu corretamente?
Transformar deuses e deusas em demônios foi prática corrente do Cristianismo. Com um único golpe, eles reforçavam a sua fé e destruíam os ícones do Paganismo. Por outro lado, a própria Igreja contribuía para "gerar" as manifestações do demônio. Afinal de contas, os sete pecados capitais são os maiores criadores de diabolismo. Buda, séculos antes, compreendeu que se a corda estiver muito esticada arrebenta, se estiver frouxa não toca: o famoso caminho do meio.
Justamente as privações criavam sonhos luxuriosos e recheados de glutonaria, sem esquecer, é claro, o fenômeno da histeria.
A imagem do diabo clássico foi tomada de empréstimo de deuses como Pã e Cernnunos. E não só isso, o culto aos antigos deuses foi tido pela Igreja como, em verdade, um culto diabólico. Os deuses eram para a Igreja demônios a serviço do senhor das trevas.
A medida que ocorria a conversão dos povos ao Cristianismo, os atributos positivos dos deuses foram incorporados ao Deus cristão e os negativos, ao Diabo.
As capacidades xamânicas, como se converter em animais, viajar pelos mundos, foram atribuídas ao diabo e aos que pactuavam (ou malditos como ele) com ele, licantropos, bruxas e vampiros.
Curiosamente, o inexplicável, o misterioso, os grandes desastres naturais são do Malefício. O diabo toma as funções dos Titãs, Gigantes do gelo, deuses ctônicos e primordiais.
O diabo e o mal dinamizam o Cosmos. Na lenda da Queda, Eva e Adão viveriam eternamente em um estado de graça. Por mais que este estado fosse "perfeito", era imutável. A alma humana era como uma donzela em uma torre de cristal. Foi justamente o mal que rompeu este estado de coisas e impulsionou a humanidade à existência objetiva e, conseqüentemente, à evolução.
A teoria da relatividade levou Einstein a imaginar que o Universo estaria entrando em colapso ou expandindo-se. A expansão do Universo é um fato (ao menos as teorias atuais assim entendem) devido ao Big Bang, a explosão que deu origem ao Cosmos e "promoveu" a expansão. Logo após o Universo ter origem por um infinitamente minúsculo tempo, o Universo foi simétrico e, conseqüentemente, perfeito; em seguida houve uma ruptura e, em conseqüência, a assimetria. Caso esta quebra não ocorresse, as inimagináveis combinações que se seguiram não teriam ocorrido.
Para algumas vertentes do Catarismo, Jesus era irmão de Lúcifer. Vale lembrar que Jesus se autodenomina "a brilhante estrela da manha" (Apocalipse 22:16).
Esta passagem é encontrada mesmo na Vulgata, criando, no mínimo, estranheza. Se lembrarmos o significando da palavra Lúcifer e os seus atributos em muitos aspectos, eles se casam com os de Jesus.
Jesus é o verbo encarnado, ou seja, a manifestação do Logos e o Logos é a inteligência cósmica (Deus). Jesus é o portador desta Luz. Sua correspondência pela patrística no ser humano é a inteligência.
Creio não ser necessário traçar os paralelos entre o escrito acima e Lúcifer. Sem falar que Jesus é conhecido por trazer uma lei de amor (Vênus), trocando os 10 mandamentos por "Ame teu Deus sobre todas as coisas e teu próximo como a ti mesmo".
A era cristã é correspondente à Era de Peixes, signo regido por Netuno que, na astrologia esotérica, é a oitava superior de Vênus.
Os cristãos primitivos acreditavam que o diabo queria ser Jesus, o elo entre o homem e Deus. Desta forma, tanto Jesus quanto o diabo foram empurrados para perto do conceito de demiurgo.
Demiurgo (Demiurgós em grego) é uma espécie de administrador da criação de Deus. Para Platão, era o artífice da criação, que, apesar de não ter criado o Cosmos, o ordena. Em verdade, mantendo e repetindo padrões.
Para os gnósticos, o termo ganha um caráter mais Maléfico, sendo o "demiurgo" o responsável pelo aprisionamento do homem (da alma na matéria).
Esta visão gnóstica é importante tratando-se da mitologia cristã, que nasce e se desenvolve em um ambiente grandemente influenciado pelo pensamento gnóstico.
A demonologia cristã herdou vários elementos dos gregos e judeus, estes, por sua vez, dos mesopotâmicos (em especial dos sumerianos via cananaeus). Então, nada melhor que nos voltarmos às origens.
Os acadianos, assírios e babilónicos tinham um sistema complexo de Magia, demonologia e angelologia.
Assurbanipal, o célebre rei Assírio, responsável pela biblioteca de Nínive, teve uma especial preocupação com textos de Magia. O rei instruiu seus escribas para que reproduzissem em inúmeras cópias um livro com a parte velada da religião mesopotâmica (Magia). Este tratado versa, dentre outras coisas, sobre uma grande diversidade de seres.
Muitos deles serviriam de inspiração para os futuros Anjos, demônios, íncubos, súcubos, Lilith e outros das religiões atuais.
Este livro era uma cópia remanescente de Uruk, na Caldeia, onde houve um profundo estudo das Artes Mágickas.
O tomo era composto de três partes, sendo que uma delas é dedicada inteiramente aos espíritos malignos. Vale lembrar que estamos falando das "tabuinhas cuneiformes", ou seja, de placas de barro em que eram escritos os textos.
Na visão de Ezequiel, é facil observamos elementos assírios. Ele vê os Cherub, dos quais vem o termo Querubim. A palavra é assíria, kirubu, do karâbu, significando estar perto, os seres que estavam mais perto do Divino.
Cherub tem origem da palavra egípcia Xefer. Na arte de ambos (mesopotâmicos e egípcios), há seres alados e com rostos humanos. Usualmente, o Cherub também era usado como montaria do deus, o que culminou na visão da Merkavah por Ezequiel.
Sukallin é o mensageiro (Anjo) babilônico. Encontraremos ecos da divisão entre os "celestes" Igigi e os subterrâneos Annunaki. Os Sukallin, "os filhos dos deuses" (importante notar esta designação e nos lembrarmos dos Beni Elohns), são o modelo do qual saíram os anjos judeus, cristãos e muçulmanos.
Alguns "demônios" tiveram sua origem nas mesmas fontes. Asmodeus pode ser a derivação de um ser relatado no Avesta, Aeshmo Daeva. Belzebu, Ba'al Zebul, o senhor da montanha ou da morada elevada; Beel é a forma aramaica de Baal .
Outra curiosidade, no mínimo intrigante, é a semelhança entre Shell, concha em inglês, e Sheol, o inferno hebreu, ainda mais quando Sheol determina algo oco, interno. Sem falar, como já vimos, que demônio em hebraico é Qliphoth, que significa concha.
Não falarei da empresa Shell e do fato dela vender combustíveis e derivados de petróleo. Que nada mais são do que restos daquilo que um dia foi vivo, retirados das profundezas da terra.
A palavra Sheol era usada para determinar o local dos mortos. Muitas vezes, os fantasmas dos vivos são chamados Qliphoth também, uma referência a um cadáver astral.
Das figuras que nos remetem a Lúcifer, Prometeu é uma das mais instigantes. Ele era um titã, um ser tão poderoso quantos os deuses ou até mais. Os Titãs eram gigantes que regeram a Terra antes dos deuses.
Prometeu (percepção avançada) foi o criador da raça humana, feita a partir do barro. Só que os humanos pouco se diferenciavam dos animais. Então, Prometeu profetizou um futuro melhor para a sua criatura. Mas para tal seria necessário que o homem tivesse algo mais, e este algo mais era o intelecto, o dom da inteligência, a lucidez, o fogo dos deuses.
Por analogia, podemos imaginar que o fogo, essência divina, Agni conferiria a capacidade aos humanos de se tornarem deuses.
Prometeu foi até o Olimpo e, do carro de Apolo (o deus sol), ele "roubou" o fogo para humanidade. Como castigo, ele foi condenado por Zeus ao Cáucaso.
O termo Zeus é de origem indo-européia, da antiga palavra para céu, Deiuos. Encontraremos originados nela o Deva sânscrito, Deus latim, sendo associado à claridade e à luz.
Lúcifer é um arquétipo que suscita infinitas especulações, essas norteadas pelos sentimentos mais díspares. Não é à toa que tanto se falou sobre este Anjo caído, e muito há a ser dito.

A Bruxaria na Europa Pós Gardner

Quando falamos de civilizações extintas, assumimos a característica “mortal” dessas civilizações. Falamos sobre seu corpo material, profano, apodrecido e deteriorado pela terra em que fora sepultado, a que podemos chamar de história. Mas e seu espírito? Espírito aqui eloqüentemente encarado como sua cultura religiosa, crenças, deidades? Seu conceito do “sagrado”? Por vezes, a antropologia social urbana nos demonstra que não existe morte para o sagrado e sim pequenos estados de coma.
No passado, o fenômeno de civilizações conquistadoras que assimilavam a cultura sagrada dos povos vencidos acabava por manter viva, mesmo que de forma adaptável esse sagrado. No presente, vemos um novo fenômeno: O resgate desse antigo sagrado de forma vivificada, não hipócrita e nem fora do contexto moderno. Assim também foi com a bruxaria.
Nesse artigo inicial, não pretendemos falar sobre a vivificação da bruxaria paleolítica/neolítica, com fortes pitadas de cultura medieval por Gerald Gardner. Nem tão pouco seu relacionamento com Aleister Crowley (esses assuntos requerem profunda pesquisa ). Decidi-me por fornecer um panorama nunca bem explorado sobre os rumos da Bruxaria na Europa, mais particularmente na Ilha de Man, ponto focal de culto, talvez muito mais rico e ilustrativo do que as experiências iniciais em New Forest.
Talvez a mais forte representatividade do ressurgimento do paganismo tenha se dado no período em que Gardner mudou-se para a ilha de Man e posteriormente a continuidade do desenvolvimento das bases do paganismo nessa ilha pós mortem desse personagem. O Deus de chifres dos antigos caçadores e a Deusa Mãe, representação da própria Terra encontravam-se vivos e atuantes nessa pequena ilha.
A ilha de Man localiza-se no que chamaremos de Grã-Bretanha céltica, mais precisamente no mar da Irlanda em Castletown, um pequeno porto da costa sul, na região dos celtas, entre a Escócia, a Irlanda e a Bretanha. Uma ilha mística por natureza. Não em sua geografia ou mesmo por mitos ligados a locais misteriosos. Um observador mais atento descobriria que lá, os gatos não tem cauda, existem carneiros com quatro chifres e mesmo que (uma formação geológica) a figura de um gigante repousa na forma de uma montanha há milhares de décadas, apenas aguardando pelo herói que encontrará o caminho subterrâneo para acorda-lo.
Nesse cenário espetacular Gardner criou seu próprio mundo, que permaneceu intocado por mais alguns anos após sua morte. Um moinho repleto de artefatos, uma área O CARNEIRO DE 4 Chifres ritualística usada por seus seguidores para manter viva a Da Ilha de Man sua crença vivificada. Após a morte de Gerald, segundo sua vontade expressa em testamento, o museu e todo seu acervo passaram à posse de Monique Wilson, uma descendente direta dos Celtas antigos nascida na localidade de Ouessant na França e última Alto-Sacerdotisa a trabalhar com Gardner na Ilha de Man.
Lady Wilson (também conhecida como Olwen- uma homenagem as corujas) era uma mulher baixa, morena e enérgica e viveu até o ano de 1982, vindo a falecer na cidade de Torremolinos, próxima a Málaga. Dirigiu com firmeza junto a seu marido o coven da Ilha de Man durante a estada de gardner nesse plano, bem como após sua morte. Ela e seu marido gostavam de ser chamados de WITCHES. Falaremos da palavra Witch mais abaixo, mas percebemos que por diversas línguas, a exemplo do francês Sorcier, que aparece pela primeira vez no século XII, essa palavra sempre teve profunda ligação a práticas pagãs. A palavra latina sorcerius, da qual deriva esse vocábulo, já era usada quatro séculos antes e sua raiz “sor” designa o conjunto de práticas mágickas de advinhação, práticas completamente ligadas ao paganismo.Monique Wilson (Lady Olwen)
A palavra Witch, formadora de Witchcraft (Arte da bruxaria) é advinda do saxão wica(primeira forma a que gardner referiu-se a vivificação da bruxaria, com apenas uma letra “c”), que por sua vez forma a palavra wise, que significa sábio, conhecedor do oculto. Na língua alemã, witz significa espírito e weise tem o mesmo significado de sua palavra irmã inglesa wise. Todas essas palavras têm correspondentes em línguas antigas como o sânscrito e o grego. Em sânscrito a palavra VEDA representaria a ciência por excelência, o mais alto grau de conhecimento, e em grego, encontramos a palavra OIDA que significa o “eu” sei, o saber do Logus e que tem sua formação da mesma base da famosa palavra EUREKA, que significa idéia.
E foi dentro desse ambiente místico e mágicko em que Lady Olwen, com sua nudez ritualística segurou pr tantas vezes uma espada com mais de seis séculos de idade, e com ela traçou por centenas de vezes o círculo mágicko dos trabalhos do coven para oficiar os ritos na própria representação da Deusa, como a rainha das bruxas.
-------
O ambiente era peculiar. O incenso tornando o ar acinzentado, velas e lamparinas tremeluzentes lançando suas luzes sobre a sala no moinho da ilha de Man. Poder-se-ia sentir a energia de forma física.
A feitiçaria da ilha de Man era verdadeira, assim como seus feiticeiros. Lady olwen gostava de afirmar que sua religião era muito antiga, que teria sido praticada na Europa ocidental muito antes da romanização dessa localidade (vide “O culto às bruxas da Europa Ocidental” M.Murray, edit. Madras) . Os deuses de Roma, e mais tarde o Deus Cristão, suplantaram a antiga religião, mas não de todo. Na idade Média, os feiticeiros eram adoradores do diabo. Mas não se tratava, aí, do Satã das sagradas escrituras cristãs, nem do Lúcifer hebraico, expulso do paraíso. O inimigo Medieval da nova religião tinha chifres e pés bifurcados: era o antigo deus celta Cernunnos. A bruxaria da França medieval, por exemplo, até o século 17, apresentava duas morfologias distintas: a vontade deliberada do sacrilégio para com a nova religião (a oficial) e a permanência desesperada da religião antiga e derrotada. Mas na Ilha de man, essa religião não havia sido derrotada, tão pouco esquecida. Ela permaneceu sobrevivendo clandestinamente.
Lady Olwen e seu coven gostavam de afirmar que os “witches” da Ilha de Man eram capazes de agir, não somente sobre o mundo material, mas também sobre acontecimentos. Monique Willson defendia-se fortemente contra acusações de “magia negra”. Assuntos como malefícios, ritos diabólicos ou orgias escandalosas eram terminantemente proibidos entre os habitantes da ilha, assim como pelos turistas que a visitavam. Mas a magia se manifestava. Lady olwen afirmava categoricamente ser capaz de fazer o vento mudar de rumo, fazer subir as marés ou fazer a neblina cercar a ilha, porém, jamais banalizava sua magia sem razão especial, sob a pena da perda de seus poderes.
Nessa época, o mundo moderno estava limitado a escolher entre religiões condensadoras que se assemelhavam a reinados absolutos e a um materialismo como o visto no Vaticano. Cernunnos, o deus celta da grande e pequena Bretanha, Dionísio grego, fadas e elfos, todos os que representavam as divindades da vida, mantinham seu poder latente nesse pequeno pedaço de terra esquecida pelo mundo “moderno”. Em nome dessas deidades, Lady Olwen e seu coven untavam seus corpos com um certo ungüento de levitação. Atualmente ainda usamos tal ungüento, mas compreendemos que essa substância provoca um “desdobramento” que permite que o corpo astral abandone o corpo físico. Trata-se da mesma antiga receita utilizada por Lady Olwen e seu coven na ilha de Man. Uma mistura como uma pomada marrom, cuja composição não posso revelar, mas que a primeira vista cheira a húmus e folhas mortas. Assim como naquele tempo, provoca uma pressão nas têmporas e na testa. Ouve-se as batidas do próprio coração e sente-se como levitar. É quando passamos a viajar pelos diferentes mundos e dimensões. Graças a esses bruxos corajosos e verdadeiros, podemos experimentar tais sensações.
O que restou na ilha de Man?
O museu de feitiçaria foi legado a Lady Olwen por Gerald Gardner. Gardner havia trazido estranhas lembranças de todas as artes do mundo: armas, manuscritos, livros de magia, amuletos, talismãs e tudo o que pode identificar como sendo ligado a magia e ao ocultismo.Ao que nos parece, apenas após sua morte que suas coleções foram organizadas e catalogadas, sendo o museu definitivamente posto em funcionamento.
O museu não dispunha de catálogos. Em meio a uma dezena de quinquilharias podia-se encontrar objetos de grande valor, como livros antigos, peças de cerâmica gregas e as famosas mandrágoras da ilha de Man.
Mas o museu foi mantido aberto ao público por pouco tempo após a morte de Gardner. E mais tarde, não sabemos os motivos corretos, mas supomos que Lady Olwen tenha sofrido algum tipo de decepção com o coven, a mesma mudou-se da ilha, vendendo todo seu acervo a organização Riplley, aquela mesma do “Acredite se quiser”. Uma perda inestimável para nossa religião e sua história.
Sem dúvida, devemos nosso respeito e admiração a Lady Olwen e aos habitantes da ilha de Man que, graças a seus esforços em manter viva a antiga religião, nos permitiram a cultuarmos e adorarmos os antigos deuses.

Aleister Crowley - brve biografia

Por Frater .'. Pertama
Faz o que tu queres há de ser tudo da Lei.

Edward Alexander Crowley nasceu em 12 de outubro de 1875 na cidade inglesa de Leamington Spa. Seus pais pertenciam a uma seita evangelista radical chamada Irmãos de Plymouth (Plymouth Brethren), sendo esta sua religião até o final de sua adolescência e sem dúvida um dos motivos de sua futura revolta para com o dogmatismo e posterior identificação com a Besta do Apocalipse. A grande decepção com a discrepância do ideal cristão em relação à realidade de seus praticantes e seu interesse pela figura de Satã fizeram com que o jovem e religioso Crowley partisse em busca de uma explicação mais profunda para os mistérios do ser, tendo este se interessado pelo Ocultismo então ressurgente em terras ocidentais.
Em 1898 Crowley ingressava na Ordem Hermética da Aurora Dourada (Hermetic Order of the Golden Dawn, ou simplesmente G\D\), fundada por Samuel Liddell McGregor Mathers, na qual progrediu rapidamente, adentrando na parte interna da Ordem em menos de um ano. Rixas posteriores com o próprio Mathers o fizeram sair da G\D\e desacelerar suas práticas mágicas, chegando a quase não praticar absolutamente nada. Nesta mesma época, este se casa com Rose Kelly, e parte com ela para uma lua-de-mel pelo Egito.
É então que ocorre o fato mais importante de sua vida. Em 1904, na cidade do Cairo, Crowley recebe uma mensagem através da inesperada mediunidade de sua esposa, pela qual uma “entidade” se faz anunciar em nome do deus Hórus. Obedecendo a instruções obtidas através do trabalho com Rose Kelly, Aleister Crowley permanece no templo improvisado em seu quarto no Cairo nos dias 8, 9 e 10 de abril de 1904, das 12:00 às 13:00 horas, quando recebe da entidade Aiwass os três capítulos do Livro da Lei (Líber Al vel Legis) da Nova Era ou Aeon de Hórus, que se iniciaria no Equinócio subseqüente.
Este seria o documento que viria a reger não só todo o seu trabalho mágico e filosofia, mas de seus discípulos e ordens que este viria a fundar ou fazer parte. É então fundada por ele, em 1907, a Astrum Argentum, ou A.'.A.'., uma organização de cunho estritamente mágico onde o aspirante busca a auto-iniciação, sendo também a primeira a seguir os preceitos de Líber Al.
É iniciado na Ordo Templi Orientis (O.T.O.) em 1912 por Theodor Reuss, um dos co-fundadores da Ordem, e declarado o “cabeça” do ramo britânico da mesma no mesmo ano. A esta altura, Crowley já havia praticado e completado os trabalhos de Goetia do Rei Salomão em 1903, já havia sido iniciado no Budismo no Ceilão, alcançando Nirvikalpa Samadhi em 1906, bem como se tornado um Maçom de 33º em 1901, tendo também publicado os primeiros números do Equinócio dos Deuses (Equinox of the Gods) desde 1909, dentre outras experiências e sucessos mágicos, como a assunção do moto To Mega Therion, a Grande Besta em grego, cujo número é 666. Crowley já havia iniciado na O.T.O. inglesa a implantação da filosofia obtida em 1904, de nome Thelema (Vontade em grego). Ao ser indicado para O.H.O. (“Outer Head of the Order” ou “Cabeça Externa da Ordem”, o “Cabeça Internacional” da Ordem) por Heinrich Tränker em 1925, Aleister Crowley implementa definitivamente a Filosofia Thelêmica na estrutura simbólica da Ordem, tornando-a a divulgadora de Thelema para o mundo e portentora do segredo da Gnose.
A O.T.O. então enfrenta altos e baixos, resistindo porém até hoje, em seus diversos ramos, na função concebida e implantada por seu mais importante iniciado, a de desvelar o Aeon de Hórus para seus iniciados. Crowley morre em 1 de dezembro de 1947, na sua residência em Hastings, Netherwood, na Inglaterra. Sua obra, porém, permanece, bem como a energia da egrégora fundada por ele e já alimentada por milhares de thelemitas pelo mundo, para que nós possamos alcançar a liberdade espiritual plena através da deificação do humano perfeito em consciência do Universo e de si mesmo. Parafraseando um dos motes da O.T.O.: Deus est Homo. Amor é a lei, amor sob Vontade.
topo

Feitiço do mel para o amor

Realize este feitiço simples quando precisar "adoçar" um homem mal-humorado.
Realize-o durante a Lua Crescente ou em um dia de Vênus.

Elementos necessários:
- 1 maçã
- 5 colheres de sopa de mel
- 1 faca
- 1 vasilha de barro
- 1 vela rosa

Entalhe o nome da pessoa amada na maçã e coloque-a dentro da vasilha, derramando o mel sobre ela enquanto canta:

Cerridwen, conceda-me o desejo de meu coração,
Tornando meu amor mais doce a cada estação.

Em seguida, coloque a maçã em um local sagrado e acenda a vela durante sete noites seguidas, às sete horas da noite, durante sete minutos.
Na sétima noite, deixe que a vela queime até o final.
Quando a chama se apagar, recite o cântico em voz alta, acrescentando os seguintes versos:

O mel pinga de meus lábios,
E ele sorve meu amor em goles sábios.

Fases da Lua

A Lua representa o sagrado feminino. Ela influencia agricultura da Terra, as colheitas e os nossos próprios sentimentos e emoções. Da mesma forma, manifestações femininas como a menstruação, a fertilidade e a gestação também estão relacionadas à Lua.
Conhecer as fases da Lua e se guiar por elas é papel de qualquer bruxa, pois desta forma saberemos qual é o melhor momento para agir e realizar um ritual no momento correto.

Lua Nova e Crescente
A Lua Nova e Crescente são tempos de início, semeadura e despertar. A Lua emerge, saindo da escuridão, e nasce novamente. A maré muda; tudo é transformado. Não por acaso o nome da Lua é Nova, e em seguida Crescente.
A Lua Nova é adequada para planejarmos novas ações, ter novas idéias e pensar em como podemos realizá-las. A Lua Crescente é o momento de plantar essas novas idéias; colocar seu plano em ação. Todo e qualquer tipo de início é adequado na Lua Crescente.
É a fase ideal para fazermos crescer certos aspectos de nossa vida, ou para começarmos algo que queiramos ser duradouro. Amor, sucesso, saúde, fama e fortuna estão relacionadas a esta fase da Lua. É hora de enfrentar os obstáculos e fazermos mudanças necessárias em nossas vidas.

Lua Cheia
A Lua Cheia está ligada à imagem maternal da Deusa, à mulher em toda a sua plenitude, ao potencial pleno da força vital. Ela corresponde ao crescimento e amadurecimento de todas as coisas, ao ponto culminante de todos os ciclos, à semente germinada e à plenitude do caldeirão.
A Lua Cheia está intimamente relacionada à face da Deusa como a Mãe. Nesse momento, a Lua atinge seu ponto máximo de poder; seu auge. Da mesma forma, sentimentos e emoções estão transbordando. É especialmente utilizada em função da realização profissional, amorosa, alegria, saúde, sucesso, prosperidade.
A face da Deusa relacionada à Lua Cheia é a Mãe, que foi o mais acessível para que a humanidade o reconhecesse, invocasse e se identificasse. existem diversas tradições pagãs no mundo e todas elas possuem muitos aspectos de deusas como Mães, reverenciadas durante milênios por muitos povos que encontraram nelas amor, apoio, proteção, segurança.

Lua Minguante
A Lua Minguante representa o declínio, a morte que antecede nova vida. A Lua está ficando cada vez mais escura, até ficar totalmente e então renascer novamente. É tempo de silêncio e quietude; de avaliarmos tudo o que fizemos e pensar no que poderíamos ter feito diferente.
A Lua Minguante representa a Deusa como uma sábia Anciã. É um período propício para o recolhimento e aintrospecção. Fase ideal para atuarmos banindo energias, finalizando tarefas, exterminar, enfraquecer, diminuir algo. É uma boa fase para trabalharmos rituais para neutralizar pessoas negativas ou que estejam nos prejudicando, afastar doenças, quebrar feitiços, finalizar relacionamentos, entre outros assuntos.

Lua Negra
A Lua Nova é justamente isso: o novo. No entanto, três dias antes do primeiro dia de Lua Nova vem o que chamamos de Lua Negra, o período em que simplesmente não há nenhuma Lua no céu; não dá para ver nada dela. É um momento que requer cautela, pois da mesma forma que a Lua está na sombra, nós também podemos ficar. Essa fase é especificamente boa para o trabalho com os nossos defeitos e a contemplação interior.

Incensos e atributos

Os incensos são necessários na maioria dos rituais e são utilizados desde culturas muito antigas, do Egito à Atenas, Europa e Índia, e considerados purificadores e condensadores energéticos. Estão relacionados ao elemento Ar.

Apresentamos uma tabela simples de alguns incensos de acordo com os seus atributos:

Adivinhação: louro, cinco-em-rama, margarida, murta, laranja
Alegria e paz: jasmim, lavanda, alecrim
Amor: canela, gengibre, lavanda, manjerona, margarida, sementes de mostarda, verbena, vetiver, rosa, mandrágora
Banir negatividade: sálvia, cedro, cravo, hissopo, verbena, vetiver, artemísia, gengibre, pimenta
Bênçãos: camomila, flor de sabugueiro, menta, alecrim, verbena
Coragem: alecrim
Criatividade: verbena
Dinheiro: basílico, bergamota, camomila, cravo, menta, vetiver, noz-moscada
Energia, poder e força: cinco-em-rama, flor de sabugueiro, erva-de-são-joão, verbena
Equilíbrio: basílico, camomila, confrei
Fortuna e justiça: louro, bergamota, cinco-em-rama, limão, anis, violeta
Meditação: acácia, camomila
Poderes psíquicos: louro, betônica, canela, sabugueiro, lavanda, anis
Proteção e defesa: betônica, bétula, manjerona, menta, musgo, mostarda, alecrim, sálvia, verbena, pinheiro branco
Purificação e limpeza: benjoim, cravo, hissopo, lavanda, alecrim, verbena, sálvia, cedro
Saúde: cinco-em-rama, confrei, açafrão, lavanda, coriandro, limão, mostarda, alecrim, sálvia

Purificação interna e do ambiente

A maneira mais óbvia de se purificar é tomar um banho físico, que limpa seu corpo e, simbolicamente "lava a alma". A água é o símbolo da purificação em todas as religiões. Porém, há elementos que você pode adicionar para o seu banho ser ainda mais simbólico:
• Queime incenso no banheiro enquanto toma banho. Seu aroma, misturado ao vapor do banho, causa uma agradável sensação de purificação.
• Se tiver banheira em casa, coloque pétalas de flores na água ou um pouco de leite. Caso não tenha, encha um balde e, depois do banho, despeje-o do pescoço para baixo.
• Quando sair do banho, deixe o corpo secar naturalmente, sem o auxílio de toalhas. Se puder ficar nua, ótima, senão, use uma roupa branca de tecidos naturais. A cor branca é a cor da purificação.
• Pegue um copo com água pura (se possível de fonte) e adicione sal. Sente-se confortavelmente em algum lugar onde possa respirar ar puro e visualize a água do copo. Se puder, realize este ritual embaixo do sol fraco da manhã ou em um dia de lua cheia. Visualize a Lua (ou o Sol) através da água do copo e sinta e energia deste astro impregnar na água. Quando achar que isso já ocorreu, beba a água vagarosamente, sentindo cada gole purificar o seu corpo. O sal representa o elemento terra e, misturado à água, confere esse poder de purificação.
Para purificar o ambiente, a técnica mais utilizada é a queima de ervas ou incenso. A sálvia, o alecrim e a arruda são ervas fáceis de serem encontradas e são bastante eficazes para este fim. Você pode utilizar um turíbulo para queimar as ervas secas ou, se preferir, usar um incenso das mesmas.
Para purificar o ambiente, você deve circular com o incenso no sentido anti-horário, pedindo para que as energias negativas ali impregnadas vão embora e venham apenas energias boas. Você pode até mesmo bolar uma canção, ou uma oração, para fortalecer o seu pedido, que funcionará numa espécie de mantra.
Caso queira purificar mais de um ambiente, repita a mesma operação em cada local. Seria interessante deixar um incenso queimando em cada ambiente.
Há diversas maneiras de purificar a si memso e ao ambiente em que estamos, mas estas são as mais simples. Aos poucos, você irá aprendendo novas técnicas que podem ser implementadas a estas.

Ogham: o alfabeto das árvores

Autor: Norberto José Teixeira
Ogham é a mais antiga forma de escrita da Irlanda e Escócia. Atualmente, pode ser encontrada inscrita em centenas de pedras altas e estreitas, nas paredes de algumas cavernas, e também em objetos de ossos, marfim, bronze e prata. Originalmente, a escrita ogâmica foi especialmente desenvolvida para ser usada em bastões. A palavra "bastões" tem raiz etmológica na palavra "basco" para designar "alfabeto". Na linguagem dos celtas, a palavra agaka é uma aglutinação de aga-aka-aga, que significa bastão ou vara, e akats, que significa entalhe. Todavia, em seu significado prático, a palavra agaka está mais para "escrita" do que para "alfabeto". Mais especificamente, tratava-se de um bastão onde os entalhes ogâmicos transmitiam uma mensagem.
O nome Ogham deriva de oga-ama - ogasun, que siginifica propriedade e opulência, e ama, que significa sacerdotisa e mãe. Por extensão: "Propriedade da Suprema Sacerdotisa".
A origem do Alfabeto Ogham é atribuída ao deus mitológico Ogma - oriundo dos Tuatha De Damann, uma raça de deuses gerados pela deusa Danu, uma das faces da Mãe Suprema (o Princípio Feminino de Deus). Essa raça era conhecida pela sua eloquência e interesse pelas artes em geral, em especial, a poesia. Ogma, entre eles, destacava-se tanto por suas habilidades artísticas quanto guerreiras; tornou-se campeão de todos os processos iniciatórios, venceu torneios e promoveu as mais incríveis façanhas, revelando-se, enfim, "aquele que possui o conhecimento do carvalho".
A maneira pela qual o deus Ogma criou o alfabeto continua desconhecida – é de presumir-se que, por ter se revelado o mais proeminente de sua raça, ele tenha sido o Eleito para receber o Conhecimento. (Pode-se subentender, portanto, que Ogma era "Propriedade da Suprema Sacerdotisa" – algo como "o filho favorito".) Mas, o que está claro, é que o objetivo de Ogma, ao criar o alfabeto, foi permitir que determinados conhecimentos fossem registrados de forma cifrada, para que não caíssem em domínio público. A palavra galesa oghum, por exemplo, deriva de ogham e significa "conhecimento oculto".
A exemplo das Runas para os nórdicos, Ogham é um alfabeto essencialmente relacionado aos celtas a à cultura desse grupo étnico, sendo utilizado principalmente por bardos e druidas.
Os celtas eram exímios guerreiros, metalúrgicos, agricultores, criadores de animais, construtores de estradas e de carroças. Mas eram, sobretudo, especialmente ligado às artes, à música, poesia, divinação e à celebração da vida em grandes festas e rituais.
Sobre o alfabeto ogâmico, em específico, muito têm-se especulado, polemizado, deliberado, contestado: quer pela sua "estranha" forma de escrita, quer pela sua origem remota, quer por suas poucas evidências histórias. No entretanto, o fato incontestável é que, seja lá como for, ele se apresenta com evidente veracidade nos dias atuais. Para quem estiver receptivo às vibrações dos "Sussurros Célticos", perceberá que toda especulação e polêmica em torno do assunto é inútil – mera teoria elucubrativa. Quem quer que assimile a essência do "espírito ogâmico" se verá enriquecido pela experiência de buscar o autoconhecimento divinatório através da "Voz das Árvores".

Deus Chifrudo

O Sagrado Masculino também existe sob muitos nomes, entre eles Pan, Osíris, Dioniso, Herne, Cernunnos. Trata-se da representação masculina da divindade. Os deuses têm muitas formas e nomes, mas um dos aspectos predominantes em cultos antigos era o do Deus Chifrudo.
Calma, não é "o diabo". Nas civilizações antigas dos homens e na Natureza, os chifres são uma representação do poder, masculinidade. Chifres sempre foram sinal de algo Divino. Na Babilônia, por exemplo, o grau de importãncia dos deuses era identificado pelo número de chifres atribuídos a ele. Além disso, os chifres foram incorporados pelos homens ainda na Idade da Pedra, quando eles perceberam que se vestir como o animal facilitaria a sua aproximação durante a caça.
Temos inicialmente, então, um Deus da Caça. Mais tarde, vieram novas atribuições, como a de deuses protetores das florestas, deuses dos animais, deuses da chuva, deuses do vinho, deuses da colheita, entre muitos outros.
O Deus Cornífero foi transformado no Diabo pelos cristãos com o simples e único objetivo de acabar com o culto das bruxas na Europa Ocidental. Não havia outra razão. Muitos antes de o Cristianismo emigrar dos desertos de Jerusalém, o Deus de Chifres era tido como o símbolo da vida, da sexualidade, do êxtase e da liberdade.
No entanto, muitas deidades pagãs foram absorvidas e adaptadas pelo Cristianismo. A própria história de Jesus é baseada em muitos mitos pagãos, de Osíris a Dioniso. Levando em consideração que tais deuses já existiam muito antes do período cristão, podemos ver que não se trata de coincidência. Eram as crenças mesmo da época.
Quando os humanos caçadores começaram a desenvolver uma sociedade agrícola, mantiveram consigo as antigas deidades do mundo selvagem. O deus com chifres de gamo da floresta foi transformado no deus com chifres de bode dos pastos. Isso em grande parte pela necessidade de domesticarem animais numa sociedade agrícola. O deus das florestas tornou-se então o deus das colheitas.
É a face do sagrado masculino que exerce domínio sobre as florestas. Ele representa tudo o que é livre; é o Caçador que representa a renovação, vitalidade, força e fertilidade. É o Deus da Caça, tão clamado pelos homens desde o período Paleolítico.
Seus nomes variam de época e cultura, sendo que alguns exemplos são Cernunnos, Pã e Dioniso.

Aspectos da vida relacionados ao Deus Chifrudo:
- Atrair coragem, garra e vigor;
- Trazer fertilidade e gravidez;
- Livrar-se do estresse;
- Atrair o vigor sexual;
- Aumentar a perceopção e os instintos;
- Resolver problemas difíceis;
- Estabilizar situações;
- Atrair prosperidade e riqueza;
- Buscar a razão;
- Invocar os poderes da fartura e da prosperidade.

A Grande Mãe

A Grande Mãe é a face mais conhecida da Deusa e pela qual Ela é mais chamada desde o começo dos tempos. A Deusa como Mãe simboliza aquela que dá a vida, mas também pode tirá-la, assim como tudo na Natureza. Ela se preocupa com seus filhos, ela é fértil, sexual, justa, segura de si.
Como as outras faces, a Mãe também foi representada em diversas culturas do mundo e teve muitos nomes, tais como Deméter, Ísis, Freya.
Você pode entrar em contato com a Mãe sempre que tiver que fazer qualquer tipo de escolha, pedir bênçãos e proteção, agradecer por algo conseguido, pedir conselhos sobre que caminho tomar, ou mesmo quando busca estar em paz.
Muitos acreditam que a adoração a uma Deusa Mãe tenha sido a primeira forma de religiosidade dos povos antigos, mesmo no período Paleolítico. Há muitas evidências arqueológicas como estátuas, amuletos, cerâmicas e pinturas nas cavernas sugerindo algo desse tipo.
Uma grande evidência desse culto antigo vem das numerosas estátuas de mulheres grávidas com seios, quadris, coxas e vulvas exagerados. Os arqueólogos chamam essas imagens de "Vênus". Tais estátuas foram encontradas na Espanha, França, Alemanha, Áustria, Checoslováquia e Rússia e parecem ter pelo menos dez mil anos.
São objetos particularmente interessantes porque mostram que a fertilidade da mulher era vista como sagrada. Talvez por isso exista uma relação tão grande entre a mulher e a Terra como um todo, pois os antigos viam como a energia criadora, que dava à luz uma nova vida, era feminina.
Vale salientar aqui, no entanto, que isso jamais teve o intuito de afirmar que os povos antigos acreditavam única e exclusivamente numa Grande Mãe; afirmar isso seria ignorar toda a crença politeísta que guiou os dias de outrora. O Sagrado Feminino não significava UM Sagrado Feminino, mas a sua representação.
Na Wicca, o Sagrado Feminino é muitas vezes chamado como "A Deusa dos Dez Mil Nomes", em função da variedade de cultos a deusas em toda a história das civilizações. Isto não significa que exista, na verdade, uma só Deusa que tenha tantas faces, mas que todas essas faces sejam divindades distintas. A denominação única "Deusa" não nos leva a um monoteísmo; pelo contrário! Apenas usamos para denominar essa crença no Sagrado Feminino como um todo.
Na Wicca, a Deusa é tríplice, tendo três faces, que representam as faces da vida das mulheres: donzela, mãe e anciã.
Algumas correspondências:
Sabbats relacionados: Solstício de verão, solstício de inverno.Animais: Pomba, gato, vaca.Cores: vermelho, verde, púrpura, cores fortes.

A Comida da Feiticeira

Esse feitiço é para quando sentimos que a energia das pessoas de dentro de casa estao em baixa, então fazemos esse feitiço e damos para todos comerem.
Pode ser feito em qualquer lua, só não pode estar menstruada.

Ovos do Fogo

ingredientes para o molho:
5 tomates
2 latas de molho de sua preferencia
1 cenoura crua
2 cebolas grandes
3 dentes de alho
manjericão e oregáno a gosto
1 pitadinha de açucar
sal a gosto

Colocar todos os ingredientes , menos o manjericão e o orégano, dentro do liquidificador. Os ingredientes são crus.
Bater tudo e colocar numa panela de pressão, depois de o molho pronto, acrecentar o sal , o açucar, o manjericão e o orégano, pegar 5 ovos inteiros e jogar dentro do molho, esperar um pouco, deixar ferver. Serve com arroz branco.

É uma delicia e faz com que as pessoas se tornem mais limpas, isto é, sem energia ruim.
Os ciganos dizem que quando as pessoas de casa ou amigos estão nervosos, elas estao com o Gundum Gerere. Gundum Gerere, é um diabinho que fica no ombro esquerdo das pessoas, atormentando e fazendo coisar ruins. Essa comida faz com que ele desapareça. Está certo que é só uma lenda cigana, porém todas as lendas tem o seu significado.

Feitiço do caqui

Esta é uma receita maravilhosa que faz qualquer casal parar de brigar.
O amor fica mais apaixonante e faz renovar os laços afetivos.
Esse feitiço deve ser feito numa lua cheia num dia de vênus e horário de venus.

Em primeiro lugar, prepere a cozinha, acenda uma vela rosa e consagre à Deusa do Amor, eu sempre chamo por VEDRA.
Acenda um incenso de canela, abra o círculo e sente-se no chão, mentalize todo o amor que vc sente pela pessoa, veja e sinta vcs juntos num namoro eterno e paz maravilhosa. Pegue todos os ingredientes e abençoe cada um deles, sempre agradecendo a esse amor mágico.


Pronto, tudo feito, comece o fetiço:
- ingerdientes:
2 caquis bem vermelhinhos,
água o suficiente,
2 colheres de sopa de açucar,
1 pau de canela,
1 estrela de anis,
750g de carne de porco em filé,
sal e pimenta do reino em grão a gosto,
1 maço de brócolis,
óleo o suficiente,
1 ramo de manjericão,
1 tomate maduro.


Preparo
- Lave, descasque e corte os caquis em pedaços, leve ao fogo uma panela com 200ml de água, o açúcar, o pau de canela, o anis, e o caqui. Deixe cozinhar ate obter um molho grosso.
Enquanto o molho estiver apurando, faça o sortilégio:

¨deusa do amor, deusa da beleza, faça o nosso amor aumentar em total realeza ¨.

Tempere os filés com a pimenta e o sal, separe os brócolis em buquês, e cozinhe em água e sal.
Leve ao fogo uma frigideira com óleo e frite os filés, doure a carne e acrescente as folhas de manjericão.
Coloque os filés em pratos individuais, e regue com o molho de caqui.
Sirva com o tomate cortado em gomos, e os brocolis.

Prepare-se para uma noite encantada. Esse feitiço eh fantastico !!!

Hidromel

Ai vai uma receita de Hidromel retirado do livro Guia essencial da bruxa solitária, de Scott Cunnighan :


Hidromel suave

1 litro de água, de preferência mineral
1 xícara de mel
1 limão fatiado
1/2 colher de chá de noz-moscada


Ferva todos os ingredientes num recipiente não metálico. Enquanto ferve retire a "nata" com uma colher de pau.
Quando não estiver mais soltando "nata", acrescente o seguinte:
1 pitada de sal
Suco de meio limão

Coe e deixe esfriar.


Hidromel é um tipo de bebida utilizada em alguns rituais.
O inverno está chegando e seria ótimo tomá-lo em volta de uma fogueira =)